NOTÍCIA DO DIA
MENDONÇA FILHO (DEM) PODERÁ VOLTAR A SER MINISTRO DA EDUCAÇÃO
Ex-ministro da Educação, o deputado Mendonça Filho (DEM), tem colaborado com a equipe do candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL). O nome do ex-governador de Pernambuco estaria, inclusive, sendo cogitado para voltar ao mesmo ministério que deixou em abril para se candidatar a senador pelo Estado na coligação Pernambuco Vai Mudar, encabeçada pelo senador Armando Monteiro Neto (PTB), derrotado nas urnas no primeiro turno. Além dele, o nome do empresário Eduardo Mufarej, do grupo RenovaBR, também está sendo considerado para o cargo.
Mendonça, que não foi eleito para o Senado, teve reuniões com o deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS) em que apresentou o que foi feito na pasta da Educação durante a sua gestão e deu sugestões. Apesar de o DEM ter se declarado neutro nas eleições presidenciais, Onyx já foi anunciado como futuro ministro da Casa Civil se Bolsonaro for eleito.
Segundo interlocutores, Mendonça teria enfatizado a importância do ensino em tempo integral e a reforma do ensino médio, que Temer aprovou por meio de medida provisória e tem sido a grande bandeira do governo em educação. Em seu programa, Bolsonaro não menciona a reforma.
O candidato já declarou várias vezes que pretende fazer uma “mudança curricular” para tirar questões “ideológicas”, como gênero e sexualidade das escolas. A gestão de Mendonça Filho – continuada pelo atual ministro Rossieli Soares – foi responsável pela finalização da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). O documento começou a ser elaborado no governo de Dilma Rousseff (PT) e teve várias versões. Na que foi aprovada, em 2017, menções a gênero e sexualidade foram retiradas.
Segundo o jornal O Estado de S. Paulo apurou, outro nome cotado para o ministério é o do empresário Eduardo Mufarej, ex-presidente do grupo Somos Educação, e que está à frente da ONG RenovaBR. A entidade tem o objetivo de formar lideranças para a política. Ele seria uma indicação de Paulo Guedes, economista de Bolsonaro. Guedes não gostaria que a pasta fosse ocupada por um militar.
Em entrevista ao Estado, o general Aléssio Ribeiro Souto, que está no grupo de discussões sobre educação do PSL, disse que a bibliografia deveria mudar para que professores exponham a “verdade” sobre o “regime de 1964”. O ex-funcionário da Fundação Getulio Vargas Stravos Xanthopoylos também faz parte do grupo e foi cogitado para o cargo. Mas seu nome tem perdido força nos últimos dias. A reportagem tentou localizar Mendonça Filho, mas a sua assessoria de imprensa afirmou que o deputado federal estaria em sua fazenda no município de Belo Jardim, no Agreste, e, por isso, sem sinal de celular. Com informações do JC.
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