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NOTÍCIA DO DIA

CASO EDUARDO CAMPOS: POLÍCIA FEDERAL ARQUIVA INQUÉRITO

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A Polícia Federal encerrou as investigações sobre o acidente aéreo que matou o ex-governador Eduardo Campos e parte da equipe dele, em agosto de 2014, e recomendou o arquivamento do caso, por entender que não há como determinar quais fatores provocaram a queda. Para o caso ser arquivado definitivamente, esta conclusão ainda precisa ser aceita pelo Ministério Público. Não há prazo para isso. De acordo com a PF, pode ter havido:

  • colisão ou tentativa de desvio com algum objeto ou animal (provavelmente um pássaro);
  • desorientação espacial do piloto;
  • falha no profundor (estrutura localizada na cauda do avião, que funciona como uma espécie de pá e que muda a inclinação da aeronave);
  • falha no compensador do profundor (uma estrutura também na cauda do avião, que permite compensar a força feita durante a ativação do profundor).

“Não hierarquizamos as hipóteses”, disse o delegado da PF Rubens Maleiner. “Todas as hipóteses podem explicar em certa medida essa atitude radical do avião de subir acentuadamente e descer também acentuadamente, ao ponto de chegar com uma velocidade tão alta de impacto.” No inquérito de 4,2 mil páginas, os peritos apontaram que o avião seguia a 656 km/h e estava desviado em 3,5 graus da rota original. “Isso mostra que o avião estava comandado ou com uma tendência de sair daquela trajetória [original]”, disse o delegado.

Para chegar à conclusão, foram analisadas imagens de três câmeras que registraram o momento do acidente. A mais importante, de acordo com a corporação, foi a de uma igreja. Também foram usados scanners que recriaram a aeronave em realidade virtual. Maleiner descartou qualquer uso de drogas por parte da tripulação e afirmou que a aeronave estava em boas condições de manutenção. Segundo a PF, a investigação foi dificultada pelo alto impacto do acidente – que acabou tornando poucas peças aproveitáveis para perícia –, e pelo gravador de cabine, que não captou nenhum diálogo do dia da queda da aeronave. O gravador, na verdade, trazia diálogos de um ano e nove meses antes do acidente.

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